E com amêndoas de qualidade, produzido com sustentabilidade e grande potencial de produtividade!
Mais uma vez, o Estado de São Paulo se mostra inovador e sustentável. Após intensos trabalhos de adaptação tecnológica e divulgação realizados pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e de parceiros, é possível celebrar a evolução da área plantada com tecnologia e o aumento expressivo de produtores de diversas regiões interessados em investir na cacauicultura, que vem se firmando como alternativa viável dos pontos de vista econômico, social e ambiental.
Esses são os frutos do Programa Cacau SP, consolidado como política pública de estado com a assinatura do Protocolo de Cooperação entre a Secretaria de Agricultura – por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e dos institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) – e o Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
POR QUE CACAU EM SÃO PAULO?
Com origem na Amazônia e em regiões da América Central, o cacau tem seu cultivo estabelecido principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que fazem o Brasil figurar entre os 10 maiores produtores do mundo. Apesar disso, o país não é autossuficiente no atendimento ao mercado interno, sendo, portanto, um importador de outros países.
Com o olhar no futuro, São Paulo abre uma janela de plantio em áreas não tradicionais de cultivo. Para contribuir para o Brasil alcançar autossuficiência, o Estado de São Paulo possui inúmeros diferenciais! Produtores com vocação e disposição em investir na cacauicultura. Solos propícios ao cultivo perene. Clima adequado à cultura cacaueira, trazendo uma característica de zona de escape das doenças do cacau no Planalto Paulista. Capilaridade de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) – a CATI está presente na quase totalidade dos municípios paulistas, por meio das Casas da Agricultura. Excelência dos centros de pesquisa. Grande número de empresas ligadas ao segmento cacaueiro está no âmbito paulista. Proximidade de grandes mercados consumidores. Logística e infraestrutura de comercialização para os mercados interno e externo.
O INÍCIO: CULTIVO INTEGRADO DE CACAU E SERINGUEIRA NO NOROESTE PAULISTA
Iniciado no noroeste paulista pela CATI Regional São José do Rio Preto, em meados de 2014, como um projeto local de cultivo integrado de Cacau e Seringueira, o Cacau SP contou com importantes parcerias em seu início.
Denominada “Plantio Integrado Seringueira e Cacau no Planalto do Estado de São Paulo – Empreendedorismo Sustentável”, a parceria entre a CATI e a Associação Comercial e Empresarial de São José do Rio Preto (Acirp), com o apoio financeiro da Fundação Cargill e o apoio técnico da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se tornou o marco que possibilitou o reconhecimento da região noroeste paulista como área apta ao plantio da cultura.
Esse projeto trouxe a oportunidade aos produtores e técnicos da região de conhecerem o cultivo integrado de seringueira e cacau, bem como demonstrar o potencial econômico da cultura cacaueira na região, se transformando em programa de estado: o Programa Cacau SP.
POR QUE CACAU EM CULTIVO INTEGRADO?
OBJETIVOS DO PROGRAMA CACAU SP
Entre seus objetivos, o Programa Cacau SP visa estabelecer protocolos para evolução da cacauicultura no Estado de São Paulo e otimizar esforços nas mais diferentes linhas de atuação:
CACAU NA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DA RESERVA LEGAL
Quando falamos em regularização da Reserva Legal da propriedade − área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa –, falamos em plantio de espécies diversas.
Nesse contexto, inserir a cultura do cacau em áreas de Reserva Legal possibilita aos proprietários rurais conservar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, gerar renda com uma atividade que atende ao tripé da sustentabilidade ambiental, social e econômica.
As vantagens da utilização do cacau em plantio integrado na Reserva Legal são a otimização do uso de recursos naturais (solo e água) e da mão de obra e de insumos, bem como o valor econômico do produto gerado e o sequestro de carbono, trazendo assim ganhos econômicos, ambientais e sociais.
Importante ressaltar que, nos termos da Lei Federal n.° 12.651/2012, o plantio em Reserva Legal poderá ser intercalado entre espécies exóticas e nativas de ocorrência regional, não podendo as espécies exóticas ultrapassar 50% da área total a ser recomposta.
Sendo o cacau uma espécie exótica no Estado de São Paulo, poderá ser plantado em área de Reserva Legal intercalado com espécies nativas (faixas intercalares) para fins de recomposição nas propriedades que possuem passivo ambiental.
Uma das faixas de cultivo consistirá de espécies nativas de recobrimento e diversidade, facilitando o desenvolvimento das mudas de nativas. A outra faixa plantada será de frutíferas como, por exemplo, a banana com posterior plantio do cacau.
No caso da banana, a cultura entrará no sistema em um primeiro momento visando trazer conforto térmico às mudas de cacau, as quais entrarão no sistema a partir do sombreamento adequado fornecido pela banana. As linhas de cacau deverão ser obrigatoriamente irrigadas. A partir do terceiro ano, o bananal vai sendo eliminado, restando, ao final da eliminação do bananal, as plantas de cacau a pleno sol.
IMPACTOS FUTUROS DO PROGRAMA CACAU SP
DOCUMENTO TÉCNICO
Faça download gratuito aqui: DT 129 - CACAU NO ESTADO DE SÃO PAULO
FOLDER
Faça download gratuito aqui: FOLDER CACAU SP
VÍDEOS