CATI-SP

Sanidade Animal


Raiva dos herbívoros

Conceituação: doença infecciosa, altamente contagiosa e fatal caracterizada por manifestação de natureza nervosa, causada por um Rabdovirus que acomete elevado número de espécies animais, incluindo o homem.

Agente etiológico: Rabdovirus pertencente ao gênero Lyssavirus. O vírus da raiva em condições naturais é chamado vírus de “rua” e o vírus que, em laboratório adquiriu propriedades fixas por passagens sucessivas nos animais, recebeu o nome de vírus fixo.

Distribuição geográfica: apresenta distribuição desde a América do Norte, regiões do Ártico, Américas Central e do Sul e Ásia. São indenes a Austrália e a Oceania, incluindo algumas ilhas.
Prevalência: é bastante variável de região para região.

Importância econômica e saúde pública: quanto à importância econômica, é decorrente da perda do animal, pois a doença é sempre fatal. É uma zoonose, pois acomete o homem.

Hospedeiros: todos os mamíferos, incluindo o homem.

Fatores predisponentes: existência de morcegos reservatórios do vírus da raiva dos herbívoros, bem como de cães errantes.

Patogenia: o vírus é eliminado do organismo da fonte de infecção pela saliva e é inoculado através da pele no suscetível por meio de mordedura e, em seguida, une-se com elementos neurais, replica-se nas fibras musculares do ponto da mordedura, é transportado para os nervos periféricos (células Schwann), atingindo os gânglios espinhais e segmentos correspondentes da medula espinal. O vírus pode estar presente na saliva de cães até cinco dias antes da manifestação dos sintomas (portadores em incubação).

 
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA

Fonte de infecção: reservatório representado principalmente por morcegos hematófagos, embora ocasionalmente cães (em incubação e doentes) e mais raramente gatos.

Vias de eliminação: saliva.

Via de transmissão: contágio direto por meio da mordedura.

Porta de entrada: pele dilacerada pela mordedura e, em casos raros, pelas mucosas oronasais.

Suscetíveis: todos os animais de sangue quente.

Comunicante: todos os animais que tenham sido expostos ao risco de infecção (mordedura), mas não se sabe se foram infectados ou não.
 

PROFILAXIA
 

Medidas relativas às fontes de infecção: redução da população de morcegos reservatórios pela captura e tratamento com pasta vampiricida.

Medidas relativas às vias de transmissão: não existem, por tratar-se de doença de contágio direto.

Medidas relativas aos suscetíveis:
· Bovinos: imunização ativa com vacina inativada.
· Homem: os trabalhadores em programas de controle da raiva dos herbívoros devem adotar medidas de proteção (máscaras e vestimenta especial) quando do ingresso a grutas habitadas por morcegos e imunização ativa.

Medidas gerais de profilaxia: educação sanitária.