As mudas devem ser de boa qualidade e procedência, isto é, adquiridas de viveiristas idôneos, regularmente inscritos no RENASEM, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e nunca de vendedores ambulantes. Elas podem ser de raiz-nua, embaladas ou de torrão. As de raiz-nua estão disponíveis no mercado, no período de julho a setembro, sendo imprescindível, no caso de sua adoção, a disponibilidade de irrigação, sendo aconselhável a aquisição de cerca de 10% a mais de mudas para suprir eventuais perdas.
Para as mudas embaladas, a primavera é a estação ideal para o plantio, quando diminui o risco de geadas fortes, entretanto, esse pode ser efetuado na época que o produtor preferir, já que a presença de substrato favorece o desenvolvimento inicial da planta.
Quando a muda for embalada ou de torrão, deve-se retirar a embalagem com cuidado, para que não se quebre ou desfaça o torrão. As raízes enoveladas ao redor e ao fundo da embalagem devem ser cortadas utilizando-se ferramentas afiadas e desinfestadas.
O plantio deve ser feito abrindo-se uma coveta no centro da cova previamente preparada e ali, plantando-se a muda com cuidado para não cobrir com terra a região de transição entre a raiz e o caule (colo da muda), pois essa região é sensível e sujeita ao ataque de pragas. Assim, as mudas devem ser plantadas, deixando essa região 1 a 2 cm acima do nível do terreno, permitindo um pequeno afundamento, resultante de futuro acomodamento natural da cova. Deve-se chegar a terra nas mudas com cuidado, sem pressionar em demasia o torrão e as raízes, evitando-se assim, danos por excesso de compactação. O próximo passo é colocar um tutor, amarrando as mudas com um laço em forma de "oito", a fim de impedir o anelamento (estrangulamento).
Deve-se fazer uma cobertura morta com capim seco, isento de sementes, pragas e doenças, ou com outro material, deixando livre um perímetro de 5 cm ao redor do caule, a fim de se evitar o excesso de umidade e sombreamento no colo da planta.
A irrigação a partir desse momento é muito importante, pois, mesmo com a terra úmida, a aplicação de água melhora o contato das raízes com o solo, aumentando o pegamento das mudas. As irrigações são feitas de acordo com a necessidade, na fase inicial, ou seja, até que as mudas iniciem o processo de brotamento, essas devem ser mais freqüentes.
Em todos os momentos é importante que se faça o controle de pragas, principalmente formigas cortadeiras, pois as plantas pequenas contêm poucas reservas para sobreviver às sucessivas desfolhas.
Autoria:
Engª Agroª Silvana Catarina S. Bueno
Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí
CPM/DSMM